quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Refugiados e o Brasil.

A terrível situação dos refugiados que aos milhares invadem o continente europeu em desespero, e que nesta semana marcou profundamente a falência da humanidade e da civilização diante da imagem do pequeno Alan Kurdi, de apenas 3 anos e que morreu após naufrágio no Mar Egeu, juntamente com seu irmão de 5 anos e sua mãe, encontra ecos também no Brasil, que hoje recebe um número cada vez maior de refugiados (http://www.acnur.org/t3/portugues/recursos/estatisticas/dados-sobre-refugio-no-brasil/) que buscam salvar suas vidas, especialmente em vista das guerras no Oriente Médio e África.
O pequeno Alan conseguira escapar do Estado Islâmico, pois era originário da cidade de Kobane, onde travados intensos combates entre o E.I. e os combatentes curdos.
O fato é que somente por meio da estabilização das regiões hoje em colapso por conta de tais guerras, como na Síria e no Iraque, além da República Democrática do Congo, entre outros, é que o fluxo de refugiados poderá ser reduzido na Europa.
Infelizmente, sem um avanço terrestre contundente contra o E.I., por parte das Nações Unidas, sob o comando do Conselho de Segurança, não veremos uma solução para a questão dos refugiados, nesta que é a mais grave crise desde o final da segunda guerra mundial.
O Brasil deve assumir seu papel na linha das nações democráticas que priorizam a efetivação dos direitos humanos e receber mais refugiados, tal como determinam os Tratados Internacionais aos quais aderiu, bem como amparado pelos princípios constitucionais hoje vigentes em nosso país, além de combater com eficácia a xenofobia e o racismo.
Acima, nossas considerações prestadas no programa da UNICAMP, Diálogos Sem Fronteiras (Professor Doutor Paulo Funari), acerca do tema Xenofobia.

Redução da Idade Penal. Nossa opinião em debate na Universidade Mackenzie com o Vereador Ari Friedenbach e Major Olimpio.

A redução da idade penal no Brasil, além de evidente inconstitucionalidade, configura um dos maiores retrocessos sociais que se procura efetivar, mediante discursos emocionais que provocarão, no futuro não tão distante, a escalada de violência da sociedade, por meio da criminalização da pobreza, numa sociedade já marcada por um racismo enraigado, cultural, cruel e próprio de um regime de neo-apartheid. Somos contra.